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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Resenha Madame Bovary


Sinopse - Madame Bovary - Gustave Flaubert
A personalidade literária de Flaubert, dotada de agudo senso crítico que o distanciou do exaltado gosto romântico da época, levou-o a tornar-se um dos maiores prosadores da França no século XIX. O romance "Madame Bovary" é a sua obra-prima. Baseado em fatos da vida real, o livro, que Flaubert levou cinco anos para escrever, causou forte impacto, a ponto de gerar o processo no qual o autor escapou de ser condenado à prisão, graças à habilidade da defesa, que transformou a acusação de imoralidade na proclamação das intenções morais e religiosas do autor. Nem moral, nem imoral, a narrativa é uma devastadora crítica das convenções burguesas do seu tempo.


Flaubert foi levado aos tribunais, onde utilizou a famosa frase "Emma Bovary c'est moi" (Emma Bovary sou eu) para se defender das acusações. Acusado de ofensa à moral e à religião, num processo contra o autor e também contra Laurent Pichat, diretor da revista Revue de Paris, em que a história foi publicada pela primeira vez, em episódios e com alguns pequenos cortes.

A Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena absolveu Flaubert, mas o mesmo procedimento não foi adotado pelos críticos puritanos da época, que não perdoaram o autor pelo tratamento cru que ele tinha dado, no romance, ao tema do adultério, pela crítica ao clero e à burguesia.

Trecho retirado do site "Wikipedia"



Resenha

Madame Bovary retrata a história de Emma, uma camponesa com sonhos burgueses. Inspirada pelos romances que lia, ela desejava do fundo de sua alma ter uma grande paixão, dessas avassaladoras e viver como rica. Provida de beleza e requintes exagerados para os padrões do meio em que vivia, vê em Charles, um médico talentoso e com potencial ao sucesso, a chance de ter seus sonhos realizados. E casa-se com ele. Porém, não conta que Charles tem hábitos camponeses, muito simples, tímido e sem o menor jeito para o que é requintado, ele a decepciona imensamente.

Enquanto Emma o despreza, Charles a idolatra e realiza todos os seus caprichos sem nenhuma objeção. Ele faz de tudo para vê-la feliz e ela se sente torturada apenas com a sua presença.

Madame Bovary se vê num tédio absoluto, trancada o dia todo em casa, cuidando dos afazeres domésticos (mais ou menos, visto que ela tem empregada) enquanto Charles trabalha o dia todo e chega com os pés sujos de lama. Emma passa os dias lendo romances e sonhando com um homem maravilhoso que a salve daquela opressão que ela vive. Nem mesmo sua filha consegue despertar nela a ternura de ser mãe. 



Tendo que conviver com o marido que ela tanto despreza, com a sogra que sempre os visita e a enche de críticas, Emma meio que “enlouquece” e passa a gastar grandes fortunas com vestidos caros e outras coisas da realeza. Ela simplesmente tenta levar uma vida de duquesa no meio que vive. O que não dá muito certo, visto que seu marido não tem condições para arcar com tanto.

Emma vai se tornando cada vez mais melancólica e impossível de agradar, mesmo com o marido e os amantes fazendo sempre de tudo para vê-la feliz.  Parece que nada a satisfaz. 
Ela sofria e remoía suas angústias o tempo todo. Tinha em si uma grande fome de ser feliz, mas não tinha forças para buscar a felicidade. Tudo o que ela considerava essencial estava muito longe de seu alcance. E isso fez dela uma mulher muito amargurada e cheia de vontades.



"No fundo do coração, entretanto, ela esperava que algo acontecesse. Como os marinheiros em perigo, ela lançava os olhos desesperados para a solidão de sua vida [...]. Não sabia o que seria, que ventos trariam esse acontecimento para si, para onde a levaria, se viria carregado de angústias ou de felicidade. Mas, cada manhã ao despertar, ela esperava o dia, ouvindo todos os ruídos, erguendo-se sobressaltada; e espantava-se por nada suceder. Ao pôr do sol ficava mais triste, desejando que o dia seguinte chegasse logo."Página 67

"Sua ternura, com efeito, aumentava cada vez mais, ao mesmo tempo que crescia a repulsa ao marido. Quanto mais se entregava a um, mais detestava o outro; nunca Charles lhe parecera tão desagradável , os seus dedos tão malfeitos , o espírito tão pesado, as maneiras tão comuns [...]"Página 193
Madame Bovary foi uma leitura muito gostosa, apesar de um clássico, ele é de fácil compreensão (você não perde horas caçando no dicionário o significado das palavras), te faz entrar naquele mundo. Por vezes me senti tão sufocada a ponto de pensar que eu era Emma Bovary, outras vezes, me senti sem fôlego, parecia que ela é uma amiga muito próxima e eu precisava tentava ajudá-la. Poucos livros fizeram eu me sentir tão próxima dos personagens.

Gostei muito e recomendo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Holanda transforma igrejas em livrarias, cafés e casas de shows


O mundo atual chega e as coisas antigas vão ficando para trás. É o que ocorreu com igrejas e templos na Holanda, que se transformaram em pubs, cafés, livrarias e até casas de shows.

Essa transformação ocorreu porque as instituições religiosas não têm mais recursos para manter as construções e elas ficam cada vez mais vazias por lá. Afinal, a última pesquisa realizada no país indica que 44% da população são de ateus. Enquanto os católicos ocupam 28%; os protestantes, 19%; os muçulmanos, 5%, e os fiéis das demais religiões, 4% da população.

Vale lembrar também que nem todos os crentes, que ainda são maioria no país, não costumam frequentar igrejas, templos ou locais de culto para praticar seus respectivos dogmas, ao contrário do que acontece em outros países como a Índia, por exemplo.

Alguns desses locais ficaram realmente bonitos, como a livraria Selexyz, que foi construída na igreja de Maastricht. Além disso, uma igreja do século 19 de Amsterdã virou uma casa de shows de rock, pop e sons internacionais, o Paradiso, que conta até com atrações brasileiras, como o Seu Jorge.

Dá só uma olhada:










Minha opinião:
A ideia é fantástica! Tem que ser muito criativo para aproveitar da a arquitetura das igrejas (especialmente as antigas) que são deslumbrantes e transformar em livrarias e cafés! Eu me apaixonei pela ideia, mesmo discordando, acho que vocês tem que admitir que ficou muito charmoso.

Porém, infelizmente eu duvido muito que isso aconteceria aqui no Brasil por culpa do fanatismo. Provavelmente diriam que é coisa do demônio, que estão “atacando” a igreja, que é desrespeito... e blá blá blá.

É certo que se fizessem isso com apenas uma igreja daqui, fariam um escândalo tão grande que a maioria das pessoas (cristãs) não entrariam na livraria/café/boate com medo de ir pro inferno.
Acho lamentável...

Voltando à Holanda: Quem teve essa ideia é um ser humano muito criativo e merece os parabéns.

~lembrando que não tive a intenção de criar uma discussão ateus x cristãos. Vocês tem o direito de concordar e discordar de mim sem necessariamente estar ofendendo ninguém. Beijinhos.
 
Fonte







domingo, 10 de novembro de 2013

Resenha: A Livraria 24 horas do MR. Penumbra


Sinopse: A recessão econômica obriga Clay Jannon, um web-designer desempregado, a aceitar trabalho em uma livraria 24 horas. A livraria do Mr. Penumbra — um homenzinho estranho com cara de gnomo. Tão singular quanto seu proprietário é a livraria onde só um pequeno grupo de clientes aparece. E sempre que aparece é para se enfurnar, junto do proprietário, nos cantos mais obscuros da loja, e apreciar um misterioso conjunto de livros a que Clay Jannon foi proibido de ler. Mas Jannon é curioso…

Clay Jannon divide o apartamento com dois amigos, Mat (trabalha com efeitos especiais) e Ashley (lindíssima por quem já teve uma quedinha, até chegar à conclusão que ela é perfeita demais para ele).

Clay era empregado numa empresa de bagel (uma padaria ou confeitaria de grande porte) no emprego dos sonhos dele, em que ele trabalhava em grupo e aprendia muita coisa.

Em menos de um ano houve uma crise nos EUA que varreu a economia do país e fez muita gente perder o emprego, inclusive ele.

Quando finalmente desistiu de procurar trabalho pela internet e resolveu dar uma volta na rua para ver se encontrava alguma coisa, viu uma velha livraria 24 horas com a fachada mais velha ainda mas que tinha um anúncio na entrada informando que precisava de um atendente.

Mesmo se perguntando o motivo da livraria ser 24 horas, visto que ninguém compra livros de madrugada, entrou por curiosidade e conheceu o Mr Penumbra, um velhinho muito excêntrico, mas que estava oferecendo trabalho e a essa altura, com tanta gente desempregada, Clay Jannon não estava podendo se dar ao luxo de escolher muito.

Ao aceitar o emprego, lhe foi imposto 3 exigências muito restritas.
Um: Clay deve trabalhar das 22 às 6 horas. Nada de sair cedo.
Dois: Não pode ler, folhear ou inspecionar nenhum livro nas estantes.
Três: deve tomar notas detalhadas de todas as transações, a aparência do cliente, seu estado de espírito, como ele pede o livro, como ele o recebe, se ele parece abatido, se está usando um raminho de alecrim no chapéu e por aí vai.

Ele aceita e começa a trabalhar na livraria, mas não entende de onde sai do seu salário, visto que praticamente não possuem clientes, apenas alguns poucos frequentadores (pessoas que parecem que vieram de outra época) que chegam trêmulos de necessidade com um livro em mãos, entregam e pegam outro (parece um empréstimo).

Clay chega a conclusão que não se trata apenas de uma livraria, tem muita coisa escondida por trás dessa fachada. Mas o que será?

OBS: É muito provável que quem ler esse livro, ficará no mínimo curioso sobre as Crônicas da Balada do Dragão e irá pesquisar no google para ver se existe. Mesmo que não assuma, eu sei que você vai pelo menos olhar na Saraiva para ver o preço do livro.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Significado das tatuagens nas prisões russas



Em poucos lugares a hierarquia se mantém tão rígida quanto nas prisões.

Uma das marcas legendárias do sistema hierárquico são as tatuagens e, notadamente, a simbologia dos desenhos que encerram a estrutura social dentro das prisões russas é considerada uma das mais complexas.

A existência de documentações desde os anos 1920 mostram que essa prática, que ocorria tanto em prisões quanto em campos de trabalho forçado, foi mantida em segredo até os anos 1990. Muito provavelmente a queda do comunismo na Rússia abriu um espaço para que o assunto viesse à tona, apesar de ter marcado também o início do desaparecimento dessa “arte” secreta.

Na verdade, desde o século XIX trabalhadores dos campos de trabalhos forçados eram marcados com a abreviação “KAT”, de katorznik (каторжник), que significa “condenado”.

A ORIGEM DOS CÓDIGOS

Dizem que a simbologia das tattoos foi implantada pelo grupo chamado Vor v Zakonye (вор в законе), que significa algo como “ladrões por lei” ou “ladrões por afinidade”, formado por criminosos que começaram a juntar forças para sobreviver no sistema Gulag. São eles que estão no topo da hierarquia social.

O motivo de instituírem as tatuagens como marcas de identificação está na história bíblica de Caim e Abel. Por ter matado seu irmão, Caim recebeu uma marca de Deus; uma lembrança permanente de seu crime e, ao mesmo tempo, um sinal de que ninguém poderia tocá-lo.

Basicamente, tudo o que você precisa saber sobre o sujeito está nos desenhos que carregam: pelo que ele foi condenado, quantas vezes foi preso e que tipo de criminoso ele é, entre outros. Houve uma época em que mesmo os que não queriam fazer as tatuagens acabavam “recebendo-as” à força e, até hoje, é preciso merecer o desenho.

Alguns deles também são feitos como castigo e humilhação, por exemplo, quando o indivíduo tem uma dívida ou perde uma aposta; estupradores ou traidores frequentemente ganham marcas na testa, exibindo sua falha moral, para com uma gangue ou para com um prisioneiro mais “poderoso”. Se algum espertinho tatua em si um desenho para parecer que pertence a uma classe mais alta ou para tentar esgueirar-se nela, é bem provável que acabe morto.

SIGNIFICADOS DE ALGUNS DESENHOS

Quando se entra para a gangue dos ladrões, faz-se uma tatuagem de iniciação no peito: um desenho de uma mulher e, às vezes, de uma rosa.

Se a mulher aparece no estômago ou na região lateral da barriga, revela uma relação com uma prostituta ou com crimes de prostituição.

Mulheres nuas ou com os seios à mostra são, também, sinais de revolta contra o sistema comunista e de recusa à submissão.

Tatuagens pornográficas são feitas em sujeitos que não pagaram suas dívidas contraídas em jogos.

Os símbolos que suscitam maior respeito são as estrelas náuticas. Tatuadas nos joelhos, indicam um prisioneiro que não se ajoelha diante de ninguém, que não se submete nem às autoridades nem aos presos mais fortes. As estrelas nos ombros revelam aqueles que já confrontaram e até atacaram guardas.



As caveiras são tatuadas no braço ou na mão com a qual o sujeito mata. O número de caveiras nos dedos corresponde ao número de assassinatos cometidos. Crânioscom os dentes salientes, principalmente no peito, são tatuados por aqueles que se rebelam contra as autoridades, como uma provocação.

As dragonas (ornamentos militares usados nos ombros) indicam as “patentes” dos presos que pertencem ao grupo Vor v Zakonye, de acordo com o “lugar” que ocupam na hierarquia prisional.

Os olhos têm vários significados. Quando feitos próximos aos ombros ou acima do peito, significam que aquele preso mantém seus olhos bem abertos, e que suas tatuagens não foram feitas à força. Na parte de baixo das costas, indicam que é um prisioneiro “usado” para gratificações sexuais. Na parte inferior do tronco, um pouco acima dos quadris, significam que aquele preso foi rebaixado dentro da gangue, passou para uma casta inferior.

Crucifixos são carregados pelos “príncipes dos ladrões”, o status mais alto que um preso pode atingir; se o crucifixo tem uma coroa, é porque o indivíduo é um líder do grupo. Quando a tatuagem é de Cristo crucificado, significa que o preso foi oprimido e sentenciado pelas autoridades, como Jesus.

Sinos mostram que o condenado não tem direito à liberdade condicional, por ter cometido um crime grave. Tê-los tatuados garantem o respeito dos demais internos.

Animais com os dentes à mostra representam hostilidade e rancor em relação às autoridades.

Cobras ao redor do pescoço e nos ombros são feitas quando a pessoa sente que o sistema soviético ainda afeta a sua vida negativamente.

As aranhas revelam os ladrões: se ela está subindo pela teia (normalmente do ombro para o pescoço), significa que o indivíduo é um ladrão ainda em atividade; se ela está no sentindo contrário, descendo a teia, indica que o sujeito parou de roubar. Aranhas em teias também são símbolos usados por viciados em drogas, que roubam para manter o vício.

Alguns assaltantes também tatuam gatos: se o gato aparece sozinho, é porque o assaltante trabalha assim; se é um grupo de gatos, significa que o assaltante trabalha em grupo.

Ratos são tatuados à força em prisioneiros que roubam artigos dos outros condenados.

Cada domo de uma catedral que é tatuado representa uma sentença cumprida. Se a catedral é tatuada na mão ou no braço próxima a uma algema no pulso, significa uma sentença de mais de cinco anos.



Criminosos que são condenados à prisão perpétua sem possibilidade de condicional costumam exibir um arame farpado na testa. Em outros locais do corpo, o arame é tatuado com um número de “nós”/farpas correspondentes ao tempo da sentença.



Suásticas ou símbolos nazistas eram tatuados como provocação à autoridade soviética.

Runas são tatuagens daqueles que não confessam. Também pode indicar alguém que não se submete às autoridades.

Borboletas são tatuadas por indivíduos em quem se pode confiar, e que são verdadeiros “artistas” da escapatória.

Cavaleiros ou soldados com armaduras indicam um sádico, condenado por agressão e espancamento. Também são tatuados em “executores” de prisões (que matam outros presos a pedido da gangue) ou por motivos racistas.

Um gênio saindo da lâmpada é a tatuagem dos condenados por crimes relacionados às drogas.

Uma adaga é o símbolo do predador sexual. Mas, se ela estiver tatuada nos ombros, como se atravessasse o pescoço, com gotas de sangue pingando da lâmina, significa que aquele é um assassino perigoso, que deve ser temido ou solicitado nos casos de se querer um parceiro para cometer assassinato.



Um navio mostra que o preso deseja escapar da prisão. Quem pretende escapar sabe, então, que pode contar com aquele sujeito para ajudar a elaborar um plano.

Tatuagens de anéis ao redor dos dedos, com formas específicas, representam status diversos. São símbolos de poder, de crimes cometidos e de penas cumpridas, entre outros.

Cinco pontos na mão significam que, em algum momento da vida, a pessoa esteve presa. São quatro pontos que representam as torres vigias cercando um ponto que representa o prisioneiro.

A Madona segurando o menino Jesus nos braços revela que a pessoa está envolvida com a criminalidade desde muito cedo.

Flores como a tulipa ou a rosa atravessadas por uma faca ou envolta em arames são as tatuagens daqueles que estiveram presos antes de completar 18 anos.

Muitos tatuam frases pelo corpo todo. As tatuagens expõem seus valores e crenças pessoais.

MUDANÇAS NO SISTEMA

A partir da década de 1960, alguns prisioneiros passaram a se tatuar de forma mais aleatória, não seguindo as regras mais tradicionais e optando por desenhos mais elaborados e temáticas diversas, geralmente com motivos mais pessoais. Desde a queda do regime soviético, os códigos das tatuagens não são mais tão rígidos e podem ser escolhidos por cada preso.

TINTAS E MÁQUINAS

Para obter a tinta, os prisioneiros queimam pedaços de borracha (retirados das solas dos sapatos) até que se tornem cinzas e as misturam com a urina de quem será tatuado. Incrivelmente, a acidez da urina reduz o risco de infecções – e o fato de o tatuador usar uma secreção da própria pessoa a ser tatuada previne contaminações! Para coar a tinta, retirando a fuligem da borracha, basta usar um lençol e recolher o pigmento com um pequeno pote.

As máquinas artesanais são feitas com canetas e pequenos motores montados a partir de peças de rádio. As agulhas são cordas de violão lixadas.



Fonte

segunda-feira, 4 de novembro de 2013


Livros te contam histórias, livros te fazem companhia, livros não te fazem perguntas, livros podem te entreter por horas a fio e acima de qualquer coisa, livros te fazem sonhar.

— Maysa Liesel


Era uma vez… numa terra muito distante…uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico…

Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.

Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.

Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.

A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre…

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

- Eu, hein?… nem morta!

Luis Fernando Veríssimo

A Pessoa Errada


Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: “Graças a Deus, deu tudo certo!”, quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.

Nossa missão: Compreender o universo de cada ser humano, respeitar as diferenças, brindar as descobertas, buscar a evolução.

Luis Fernando Veríssimo